Ser líder nunca foi tarefa fácil, mas o ambiente corporativo atual parece tornar esse desafio ainda mais complexo. Em um cenário onde a pressão por resultados cresce exponencialmente, as equipes demandam por conexões mais humanas, e as próprias lideranças enfrentam o peso da solidão e da alta exigência.
A pergunta que fica é: como se preparar para liderar de forma eficaz, acolhedora e sustentável?
Antes de avançarmos, vale uma reflexão… O autoconhecimento é a base para uma liderança conectada consigo e com as equipes. Abordamos esse tema em mais profundidade em nosso artigo “Autoconhecimento – O EU dentro da liderança – Para se conectar, é preciso estar plena (o) de si”
Além disso, os desafios da liderança precisam ser analisados sob a ótica das mudanças na forma como aprendemos e nos desenvolvemos profissionalmente. As tendências de Treinamento & Desenvolvimento (T&D) para 2025 apontam que as empresas devem investir cada vez mais em aprendizagem coletiva, inteligência emocional e no desenvolvimento contínuo. Falamos mais sobre isso neste artigo.
Agora, vamos explorar os principais desafios das lideranças nas grandes empresas e como enfrentá-los.
As habilidades corporativas essenciais segundo o Fórum Econômico Mundial
O Fórum Econômico Mundial destaca periodicamente as habilidades mais relevantes para o futuro do trabalho. O relatório mais recente, publicado em janeiro de 2025, aponta que as lideranças precisarão desenvolver, ou acentuar, competências específicas para se manterem eficazes diante das novas exigências do mercado. Entre elas, destacam-se:
- Pensamento analítico e inovação: a capacidade de interpretar cenários complexos e propor soluções criativas nunca foi tão essencial. Mesmo empresas tradicionais estão sendo desafiadas a rever suas estruturas de produção e gestão de pessoas. A inovação deixou de ser um diferencial exclusivo de startups e passou a ser um requisito para qualquer organização que deseja se manter competitiva.
Lideranças com pensamento analítico não apenas avaliam riscos e oportunidades com precisão, mas também impulsionam mudanças estratégicas, incorporando novas tecnologias, metodologias ágeis e modelos de trabalho mais dinâmicos. O mercado não espera, e quem não inova fica para trás.
- Liderança e influência social: a habilidade de engajar e inspirar equipes de forma genuína.
Em processos de Team Building é comum demonstrarmos e reforçarmos nas liderançasa urgência da conexão autêntica com suas(seus) lideradas(os). Uma liderança comprometida precisa reconhecer como suas atitudes influenciam o time e estar disposta a se desenvolver Esse compromisso genuíno é o que impulsiona a equipe, trazendo mais energia, engajamento, movimento e por consequência bons resultados para a empresa.
Resiliência, flexibilidade e agilidade: adaptabilidade não é mais uma escolha, mas uma exigência em um mundo de incertezas. Lideranças resilientes aprendem com desafios, mantêm a equipe engajada e enfrentam mudanças com equilíbrio. A flexibilidade permite ajustar estratégias sem apego a modelos ultrapassados, enquanto a agilidade garante decisões rápidas e assertivas.
Além disso, a horizontalidade nas relações não é mais um diferencial, mas uma premissa. O protagonismo da equipe cresce quando a liderança aposta na confiança, escuta ativa e colaboração. Esse modelo fortalece times, impulsiona a inovação e prepara as organizações para o futuro.
- Inteligência emocional: compreender e gerenciar emoções, tanto próprias quanto das equipes, para criar ambientes mais saudáveis e produtivos.
Nas Trilhas de Desenvolvimento de Lideranças da Juntxs, trabalhamos com ferramentas de autoconhecimento e diversas soft skills de relacionamento, como o MBTI® (Myers-Briggs Type Indicator), que ajuda a mapear traços de personalidade, e o DISC (Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade), que avalia perfis comportamentais com base nesses quatro fatores. Tudo isso para fortalecer, nas lideranças, a capacidade de gerir emoções de forma estratégica e eficaz.
- Curiosidade e aprendizado contínuo: a busca ativa por novos conhecimentos e aprimoramento constante.
O aprendizado contínuo é uma competência-chave para lideranças que querem se manter relevantes em um cenário de mudanças rápidas. Na Juntxs, já falamos sobre isso no nosso artigo sobre Lifelong Learning, reforçando que aprender não é uma fase, mas um processo constante. Como destacamos no texto, o desenvolvimento passa por aprender a conhecer, a conviver, a fazer e a ser — pilares que fortalecem não só individualmente, mas toda a equipe.
- Pensamento sistêmico: a habilidade de compreender a interconexão entre diferentes fatores dentro de uma organização;
Empatia e escuta ativa: a capacidade de compreender as necessidades e sentimentos das pessoas lideradas, promovendo relações de confiança e colaboração. Na Juntxs, entendemos a escuta ativa como uma ferramenta essencial para a liderança, que vai além da atenção ao que é dito e busca compreender as particularidades de cada equipe e pessoa. Ao praticá-la com empatia, lideranças criam conexões genuínas, identificam necessidades específicas e personalizam sua abordagem para potencializar a aprendizagem e o desenvolvimento de cada colaboradora(or). Esse cuidado fortalece a confiança, promove ambientes mais inclusivos e torna a jornada de crescimento muito mais eficaz e significativa.
Para que essas habilidades não fiquem apenas no discurso, as empresas precisam criar oportunidades concretas para que as lideranças as desenvolvam. Programas de Team Building e iniciativas voltadas para diversidade e inclusão são caminhos eficazes para fortalecer essas competências no dia a dia corporativo.
O cenário econômico e a pressão por resultados a qualquer custo
Liderar em tempos de instabilidade econômica significa encarar uma dicotomia difícil: entregar resultados financeiros robustos sem comprometer o bem-estar das equipes. Em muitas empresas, esse equilíbrio ainda está longe de ser uma realidade.
Segundo a pesquisa “State of the Global Workplace 2023” da Gallup, 60% das(os) funcionárias(os) relatam sentir-se emocionalmente desconectadas(os) do trabalho, e um dos principais motivos apontados é o excesso de pressão por produtividade sem um suporte adequado da liderança. Isso gera turnover, burnout e, paradoxalmente, menor eficiência operacional.
O papel das lideranças, portanto, não pode se restringir à cobrança por metas. Elas precisam ser agentes de uma cultura organizacional que valorize a sustentabilidade dos resultados a longo prazo. Isso passa pela criação de espaços de desenvolvimento, como trilhas de liderança e programas de mentoria e coaching empresarial.
O papel das lideranças na gestão emocional das equipes
“70% da felicidade no trabalho depende do chefe direto – e isso impacta produtividade”
[REVISTA INFOMONEY]
Lideranças não são psicólogas, mas precisam desenvolver uma perspectiva atenta para a saúde emocional das equipes. O esgotamento profissional vem se tornando um desafio crítico, e lideranças despreparadas(os) para lidar com essa realidade acabam contribuindo, mesmo que involuntariamente, para ambientes tóxicos.
Uma pesquisa da McKinsey revelou que 70% das mudanças no nível de estresse de um time podem ser atribuídas diretamente ao estilo de liderança. Isso significa que a forma como as lideranças se comunicam, cobram e reconhecem o trabalho tem impacto direto no bem-estar das equipes.
Mas saúde mental no trabalho não pode ser apenas uma responsabilidade individual das lideranças—empresas e governos precisam estruturar iniciativas concretas, como programas de suporte psicológico, políticas de carga horária sustentável e auxílios financeiros voltados para essa questão.
Além disso, é essencial criar espaços para diálogos abertos, incentivar feedbacks sinceros e fortalecer as conexões dentro dos times. Ações de Team Building, por exemplo, podem ajudar a construir ambientes mais saudáveis e colaborativos, promovendo relações de confiança e pertencimento.
E os benefícios dessa abordagem vão além do ambiente interno da empresa. Segundo um estudo da Harvard Business Review Analytic Services (HBR-AS), apresentado pelo Four Seasons Hotels and Resorts, organizações que investem em inteligência emocional também fortalecem a lealdade do cliente, com um nível de fidelização 40% maior em comparação às que não adotam essa prática (40% vs. 12%).
Isso reforça que lideranças atentas ao bem-estar das equipes impactam não só a produtividade, mas também o sucesso e a reputação da empresa no mercado.
A solidão das lideranças: quem cuida de quem cuida?
Um dos desafios menos falados sobre liderança é a solidão. A posição de liderança muitas vezes coloca pessoas em um espaço isolado, onde há poucas oportunidades para compartilhar vulnerabilidades sem que isso seja visto como fragilidade.
Segundo um estudo, 50% das(os) CEOs relatam sentir-se isoladas(os), e 61% desses acreditam que essa solidão impacta negativamente seu desempenho. Esse dado reforça a necessidade de criar espaços onde lideranças também possam se desenvolver emocionalmente e contar com apoio.
Programas de mentoria são fundamentais para que lideranças tenham suporte e consigam compartilhar desafios sem medo de julgamento. Além disso, é essencial que as empresas cultivem uma cultura de colaboração, onde aprender é no coletivo—uma premissa central da Juntxs, expressa em nosso manifesto.
Quando lideranças têm espaços para trocar experiências, compartilhar desafios e crescer juntas, o isolamento se reduz e a rede de apoio se fortalece. O desenvolvimento não acontece sozinho, mas na conexão com o outro, na escuta atenta e na construção conjunta de soluções.
Liderar no presente para transformar o futuro
Os desafios das lideranças são muitos e tentar enfrentá-los sozinha(o) pode custar caro. Em um cenário onde a pressão só aumenta, investir em desenvolvimento contínuo não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade—tanto para as equipes quanto para quem as lidera.
Na Juntxs, acreditamos que o crescimento sólido e sustentável de cada liderança, de cada colaboradora(or) e das organizações só acontece por meio da construção coletiva. Por isso, criamos soluções que fortalecem a cultura de colaboração, promovem conexões reais e impulsionam um ambiente corporativo mais humano e eficaz.
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