Você já teve a sorte de trabalhar com uma liderança que era madura emocionalmente?
Quando isso acontece, a diferença é sentida por toda a equipe: há escuta real, menos reatividade, mais colaboração e mais confiança. Como diz Darwin Grein, fundador e facilitador da Juntxs:
“Lideranças emocionalmente maduras ajudam os times a alcançarem resultados mais interessantes”
Em ambientes assim, a inteligência emocional se torna um recurso coletivo. E quando ela falta, o cenário muda drasticamente: o medo, a raiva e a ansiedade ganham espaço. A tensão se espalha, os vínculos se enfraquecem e o desempenho é minado.
A boa notícia? Inteligência emocional não é dom, é competência. E como toda competência, pode ser desenvolvida. Não só individualmente, mas em equipe, em aprendizagem coletiva.
Neste artigo, vamos explorar como a inteligência emocional impulsiona o desenvolvimento das equipes, fortalece a segurança psicológica e contribui para ambientes mais saudáveis, conectados e preparados para os desafios do presente e do futuro.
O que é Inteligência Emocional e qual seu impacto nos times?
A inteligência emocional é frequentemente tratada como uma qualidade pessoal. Mas quando ampliamos esse conceito para o coletivo, percebemos seu verdadeiro potencial: equipes também sentem, reagem, se frustram, se regulam e se motivam em grupo. E isso exige preparo emocional conjunto.
Na Juntxs, utilizamos o conceito de “regulação emocional responsiva”, a capacidade de reconhecer, nomear e lidar com as emoções com intencionalidade, consciência e abertura. Essa abordagem considera que o desenvolvimento emocional precisa ser sensível ao contexto, respeitando as vivências, ritmos e dinâmicas de cada equipe.
Em um contexto de equipe, a forma como cada integrante lida com as emoções impacta diretamente o grupo. Emoções não são neutras: elas influenciam a atenção, a tomada de decisão, a comunicação e, consequentemente, a aprendizagem.
Um time emocionalmente preparado aprende mais e se adapta melhor. Um time em estado constante de estresse opera na defensiva, com baixo desempenho e pouca abertura para o novo.
No postblog da Juntxs sobre Tendências de Treinamento, Desenvolvimento e Aprendizagem Corporativa para 2025, a inteligência emocional está entre as principais soft skills apontadas como essenciais para o futuro do trabalho. Isso reforça a urgência de investir nessa competência como parte da estratégia organizacional.
Em outras palavras: a inteligência emocional já deixou de ser diferencial, ela se tornou pré-requisito para equipes que querem inovar, aprender e prosperar juntas.
Segurança psicológica começa com maturidade emocional
Segurança psicológica não é apenas um clima agradável, é a percepção compartilhada de que é possível se expressar, errar e propor ideias sem medo de punição ou constrangimento. E essa percepção nasce de relações emocionalmente maduras, onde há confiança, acolhimento e clareza nos limites.
“Lideranças que não se deixam levar pelo medo, raiva ou ansiedade criam ambientes muito mais colaborativos.”
Darwin Grein, fundador e facilitador da Juntxs
Quando há escuta genuína e conciliação respeitosa das divergências, cresce o engajamento, o pertencimento e a coragem de contribuir.
Para que isso aconteça, é fundamental desenvolver a escuta ativa e a empatia como práticas cotidianas e não como eventos pontuais.
A inteligência emocional, nesse contexto, sustenta a segurança psicológica. Ela permite que as equipes tenham conversas difíceis, construam acordos mais conscientes e enfrentem conflitos com mais maturidade.
Ambientes com segurança psicológica são férteis para a inovação, para a aprendizagem coletiva e para o fortalecimento das relações de trabalho. Equipes emocionalmente maduras têm mais capacidade de se autorregular e de apoiar umas às outras diante dos desafios, reduzindo riscos de adoecimento e aumentando a resiliência organizacional.
Inteligência emocional se aprende em equipe
Ao contrário do que se pode supor, inteligência emocional não é um talento inato. Ela é composta por habilidades que podem (e devem) ser praticadas: autoconsciência, empatia, escuta ativa, regulação emocional e responsabilidade relacional.
Essas habilidades não se desenvolvem de um dia para outro. Elas exigem instrução, mas, principalmente, a constância, na prática, reflexão e ambientes que favoreçam a aprendizagem coletiva. É o exercício diário de nomear emoções, observar padrões de reação, compreender os limites da(o) outra(o) e ajustar o próprio comportamento de forma responsiva.
Nesse ponto, é essencial destacar que o caminho do autoconhecimento, embora individual, impacta diretamente as relações profissionais. Como já abordamos em outro artigo da Juntxs sobre o tema Autoconhecimento: o eu dentro da liderança, entender suas próprias emoções é o primeiro passo para se conectar com as emoções do outro. E essa conexão é o que transforma um grupo em equipe.
Quando há espaço para o desenvolvimento emocional coletivo, surgem relações mais empáticas, decisões mais conscientes e ambientes mais justos. Por isso, tratar a inteligência emocional como parte da cultura organizacional é um passo estratégico.
Por que investir no desenvolvimento emocional das equipes?
Ignorar o desenvolvimento emocional das equipes pode acarretar custos significativos para as organizações. Ambientes de trabalho emocionalmente negligenciados enfrentam desafios como burnout, alta rotatividade, conflitos recorrentes e queda na produtividade. Esses problemas não apenas afetam os resultados financeiros, mas também comprometem o bem-estar e engajamento das(os) colaboradoras(es).
Segundo o relatório State of the Global Workplace 2025, da Gallup, apenas 23% das(os) colaboradoras(es) no mundo estão engajadas no trabalho, uma taxa que revela o quanto a desmotivação ainda é uma barreira significativa para a performance das equipes.
O mesmo relatório evidencia que 41% das pessoas entrevistadas disseram ter experimentado “altos níveis de estresse no dia anterior”. E o Brasil segue essa tendência preocupante: com apenas 34% de engajamento e altos índices de sofrimento no trabalho, está entre os países com maior prevalência de estresse no trabalho.
Se o ambiente de trabalho mundial estivesse totalmente engajado, a Gallup estima que US$ 9,6 trilhões em produtividade poderiam ser adicionados à economia global, o equivalente a 9% do PIB global.
Além disso, um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) demonstrou que equipes com altos níveis de inteligência emocional superam aquelas com alto quociente intelectual (QI) em tarefas colaborativas.
Diante desse cenário, desenvolver a inteligência emocional coletiva se torna uma resposta estratégica: times emocionalmente maduros colaboram com mais confiança, aprendem melhor e lidam com os desafios de forma mais resiliente. Assim, a inteligência emocional é hoje uma das habilidades mais demandadas pelas organizações. Isso porque, em tempos de mudanças rápidas, é ela que sustenta a colaboração e a tomada de decisões em cenários de incerteza.
Na Juntxs, estruturamos Trilhas de Desenvolvimento para equipes e lideranças com foco em habilidades emocionais e relacionais. São formações práticas, contínuas e personalizadas, que ajudam os times a ampliar sua maturidade emocional de forma concreta. Mais do que conteúdo, entregamos vivências que transformam a forma como as pessoas se relacionam e constroem juntas.
Outra possibilidade de atuação da Juntxs sobre o tema, são as Palestras Corporativas e Webinars , com conteúdos aplicáveis, linguagem acessível e metodologias participativas. Afinal, compreender as emoções, com a ajuda da escuta e da empatia, leva a relacionamentos mais saudáveis e decisões mais conscientes, que impactam em resultados e transformações reais.
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